O ENCONTRO


É verdade que eu não queria nem um pouco ir àquele encontro. Coisa armada, sabe? Um casal de amigos iria apresentar essa tal de Leila. Montava na grana, diziam. Me alertaram, porém, que ela tinha umas manias estranhas, e por isso ninguém ficava com ela, tendo em vista que era uma mulher muito bonita em seus 1,78m de altura e 68kg distribuídos em dois pares de longas pernas . Entretanto, eles diziam ter certeza de que eu era a pessoa certa e que seria bom para esquecer minha ex-namorada.
Às 22h em ponto, Leila apareceu.
- Oi, Lê – cumprimentaram juntos meu casal de amigos - , senta aí.
Nos apresentaram. Rimos os quatro de maneira social. Bebemos.
Analisei durante toda a noite a tal Leila, buscando encontrar algo que mostrasse alguma de suas manias. Nada. E já começava e gostar da ideia de ter ido ao encontro.

Ao sair pegamos uma garrafa de vinho e fomos para seu apartamento. Leila e eu.
Assim que passamos pela porta Leila me agarrou com uma selvageria que acabei deixando o vinho se quebrar no chão. Ela não deu a mínima e me atirou no chão também. Pediu para eu lhe dar um soco. Era pra ser um soco. Recusei assustado. Ela puxou uma faca da bolsa e me ameaçou. Acertei um direto em sua boca.
- Desculpa, desculpa – falei tentando levantá-la.
Ela sorriu com a boca vermelha de sangue e pediu para eu continuar. Tentei levantar para ir embora, mas ela me acertou de arranhão no braço. Acertei um ganho de esquerda em seu estômago e ela foi pra lona. Ela ficou me olhando com uns olhos enlouquecidos e de repente eu não consegui parar de acertá-la, até que ela ficou imóvel. Respirava. Peguei minhas coisas bati em retirada.
De manhã recebo uma mensagem de Leila agradecendo pela noite ótima. Apaguei a mensagem e liguei para minha ex.

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